Apagamentos retratos da privação
Apesar dos inegáveis avanços políticos, sociais e tecnológicos com vistas a melhorar as condições de vida de pessoas com deficiência, a situação atual desse grupo social ainda permanece na sociedade com imaginários herdados de outros momentos da história. Estigmatizados, eles são ao mesmo tempo assistidos e excluídos pelo Estado e pela sociedade. Aceitação e distanciamento; integração e diferenciação. Essas pessoas são “toleradas” quando isoladas em lares ou em espaços educativos dedicados especificamente às suas patologias. São aceitos, desde que se mantenham a uma distância segura por meio da qual a sociedade pode manter o outro com deficiência em seu imaginário. Percebe-se que a aceitação da deficiência é o exercício de apagamento dessas existências.
A partir da criação de visualidades daqueles que são tornados invisíveis, trago a público desenhos-instalações – retratos em grafite acompanhados de gambiarras eletrônicas, dispositivos que acionam e interrompem o movimento de apagamento das imagens. Diante do descaso, dessa neutralidade social que é política, proponho reflexões sobre os apagamentos e estigmas enraizados no imaginário social.
Museu da Gravura da Cidade de Curitiba.- Solar do Barão
(Exposição Individual)
Fundação Cultural Bento Silvério/Casa das Maquinas.-Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes
Arte Londrina 5 - As coisas de escoram tortas
Galeria do Departamento de Artes Visuais UEL
Curadoria de Danilo Villa e Ricardo Basbaum